Governo prevê novo aumento de despesas com previdência e BPC em 2026
Governo projeta só aumento nas despesas obrigatórias, dificultando investimentos em outras áreas. Até 2026, gastos com benefícios previdenciários devem alcançar R$ 2,385 trilhões, pressionando o orçamento.
Governo prevê aumento das despesas previdenciárias em 2026
O governo enviará ao Congresso o projeto de lei de diretrizes orçamentárias (PLDO) nesta terça, prevendo um novo aumento nas despesas com benefícios previdenciários e assistenciais.
Os gastos obrigatórios, que têm crescido rapidamente, devem alcançar R$ 2,385 trilhões em 2026, representando 17,4% do PIB. Em 2023, a estimativa é de R$ 2,168 trilhões (17,2% do PIB).
- Benefícios previdenciários: devem crescer de R$ 1,015 trilhão para R$ 1,130 trilhão (de 8,0% para 8,2% do PIB).
- Benefício de Prestação Continuada (BPC): alta de R$ 119,1 bilhões para R$ 140,1 bilhões (de 0,9% para 1% do PIB).
O governo estabeleceu uma meta superavitária de 0,25% do PIB para o resultado primário em 2026, o que equivale a R$ 34,3 bilhões. A previsão é de um resultado primário positivo de R$ 38,2 bilhões.
Este será o primeiro ano em que o governo terá a obrigação de entregar as contas no azul, no último mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Em 2024, o déficit foi de R$ 11 bilhões, e o limite de rombo permitido era de R$ 28 bilhões.