Governo precisa rever sua condução da Receita Federal, diz Unafisco
Auditores fiscais da Receita Federal solicitam a destituição do secretário Robinson Barreirinhas e alertam para uma crise iminente na governabilidade do governo Lula. A Unafisco enfatiza a necessidade de uma intervenção do Ministério da Fazenda para assegurar os direitos e condições de trabalho da categoria.
A Unafisco Nacional (Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil) pediu, em 10 de junho de 2025, a demissão do secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas.
A associação afirma que nunca conseguiu uma reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para discutir problemas da categoria. Eles alertam sobre a necessidade de intervenção urgente para evitar o colapso da governabilidade do governo Luiz Inácio Lula da Silva.
A Unafisco critica a decisão do STJ (Superior Tribunal de Justiça), que ordenou o fim da greve dos auditores, chamando o ato de “modus operandi manipulativo do governo”. A nota diz que a Receita Federal colaborou com a AGU (Advocacia Geral da União) e que Barreirinhas é um “outsider” sem compromisso com o órgão.
A associação denunciou que a Receita se tornou um “braço técnico da repressão” contra seus servidores, enquanto os procuradores da Fazenda receberam reajuste de 19% e auxílio-saúde. A Unafisco pediu a remoção imediata de Barreirinhas para restabelecer as condições de funcionamento institucional.
Os auditores fiscais estão em greve desde 26 de novembro de 2024, reivindicando reajustes salariais e reestruturação da carreira, alegando descumprimento de acordo feito em 2024. A greve incluiu uma operação-padrão, resultando na retenção de mais de 75 mil remessas e atrasos de até 21 dias.
O Ministério da Gestão e Inovação afirma que já concedeu reajustes em 2024, com salários chegando a R$ 42.700, e que não há novas negociações previstas.