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Governo não tem problema em corrigir rota, diz Haddad após recuo em parte das medidas do IOF

Ministro afirma que o governo está aberto a reavaliações e ajustes nas medidas de IOF após críticas do mercado. Mudanças ocorreram em resposta a alertas dos operadores financeiros sobre possíveis controles cambiais.

Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o governo está disposto a corrigir rota após recuo nas medidas do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). Ele declarou: "Vamos continuar o diálogo".

A retirada da nova regra de tributação dos fundos brasileiros que investem no exterior ocorreu após alertas de operadores do mercado sobre o possível controle cambial.

Uma reunião de emergência foi realizada no Palácio do Planalto para discutir ajustes. Participaram ministros e técnicos para revisar o texto do decreto. Haddad, apesar de estar em São Paulo, acompanhou as discussões à distância.

Na madrugada desta sexta-feira, um novo decreto foi publicado, confirmando mudanças: a alíquota zero de IOF sobre aplicações em ativos no exterior foi restaurada. A versão anterior previa alíquota de 3,5%, gerando controvérsia.

Críticas surgiram de empresários, como Flávio Rocha da Riachuelo, que questionou a viabilidade das medidas. A possibilidade de desgaste político com o aumento do IOF sobre compras internacionais preocupa integrantes do governo.

A medida foi alvo de menções negativas nas redes sociais, com 74% dos comentários sobre o IOF sendo desfavoráveis. O aumento do IOF também ofuscou o anúncio do congelamento de R$ 31,3 bilhões no Orçamento deste ano.

Visibilidade e compreensão da situação são um desafio para o governo, especialmente após vazamentos de informações antes do fechamento do mercado.

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