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Governo mostra preocupação com formação de médicos: como pode afetar ações da Bolsa?

Novo exame obrigatório visa elevar a qualidade dos cursos de medicina no Brasil. Instituições educacionais e mercado financeiro observam possíveis impactos nas faculdades privadas devido às novas exigências.

Ministério da Educação (MEC) anuncia a criação do Exame Nacional de Avaliação da Formação Médica (Enamed), uma avaliação obrigatória para estudantes de medicina concluintes.

O Enamed ocorrerá anualmente, substituindo a avaliação anterior, que era realizada a cada três anos. A primeira edição está prevista para outubro de 2023.

Os resultados do Enamed serão utilizados no exame nacional de residência (Enare) e têm como objetivo melhorar a qualidade dos cursos de medicina, especialmente após a expansão da oferta recente.

O Bradesco BBI destaca que isso pode abrir caminho para um exame de proficiência para a prática médica, parecido com o exame da OAB, que impactaria faculdades privadas devido a possíveis dificuldades financeiras enfrentadas pelos alunos.

Empresas como Afya, Ânima e Yduqs são as mais expostas, com o segmento representando, respectivamente, 85%, 60% e 35% de seus lucros antes de impostos.

O BBI também observa que 73% dos cursos da Ânima e 56% da Yduqs foram considerados insatisfatórios no último exame do Enade em 2023. As notas ficaram acima da média de 37% do setor privado.

Adicionalmente, um curso com notas baixas pode perder acesso a programas como FIES e Prouni e, em casos recorrentes, pode ser encerrado.

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