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Governo minimiza derrota, mas Centrão dá como certa derrubada do IOF

Deputados da base aliada buscam uma negociação com o presidente da Câmara para manter o decreto que eleva as alíquotas do IOF. O governo, sob pressão, tenta utilizar a liberação de emendas para conquistar apoio no Legislativo.

Deputados da base aliada do governo Lula consideram negociar com Hugo Motta (Republicanos-PB) para manter a 2ª versão do decreto que aumentou as alíquotas do IOF. Em contrapartida, partidos de centro e oposição não veem chance de Motta evitar a votação do projeto de decreto legislativo que revoga a medida.

A Câmara aprovou, em 16 de junho de 2025, o requerimento de urgência do PDL, permitindo que o projeto siga para votação plenária. O placar foi de 346 votos a favor e 97 contra, o que pressionou Motta a discutir o mérito.

No entanto, Motta acordou com líderes partidários e ministros que não colocaria a proposta em votação nesta ou na próxima semana, devido ao período das festas juninas. O dia de São João é em 24 de junho.

O governo busca negociar a manutenção do decreto do ministro Fernando Haddad e aumentou a reserva de emendas para deputados e senadores, que passou de R$ 128 milhões para R$ 256,2 milhões entre 12 e 16 de junho. Apesar de um avanço, isso representa menos de 1% dos R$ 50 bilhões previstos para o ano.

Motta indicou que pode colocar o projeto em votação na 1ª semana de julho. Se não o fizer, poderá parecer que chantageou o governo para garantir emendas, o que o deixaria sem opções de manobra.

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