Governo Milei vê comissão de investigação da criptomoeda Libra como "medida política"
Guillermo Francos defende que a criação da comissão de investigação é uma estratégia política em ano eleitoral e minimiza o envolvimento do presidente Milei no caso da criptomoeda Libra. Ele planeja comparecer ao Congresso para esclarecer a situação, enquanto reforça a importância de outros temas na agenda do governo.
Guillermo Francos, chefe de gabinete do governo argentino, afirmou que a decisão da Câmara dos Deputados em criar uma comissão de investigação sobre a criptomoeda Libra é "uma medida estritamente política" e não impacta a gestão do presidente Javier Milei.
Segundo Francos, essa iniciativa surge em um ano eleitoral e busca ganhos políticos. Ele defendeu Milei, minimizando seu papel no escândalo que explodiu após a promoção da Libra em 14 de fevereiro.
A comissão foi aprovada com 128 votos a favor, 93 contra e 7 abstenções e investigará as perdas financeiras de investidores devido à criptomoeda. Francos garantiu que comparecerá ao Congresso na terça-feira para esclarecer dúvidas sobre o caso.
A Câmara tem até sexta-feira para propor os membros da comissão, que se formalizará em 23 de abril. Anteriormente, senadores da oposição tentaram investigar Milei, mas não conseguiram os votos necessários.
Após a divulgação da Libra, sua valorização inicial levou a realizações de lucros e, subsequentemente, ao colapso de seu valor, resultando em alegações de fraude. Milei assegurou que agiu "de boa-fé" e se recusou a assumir responsabilidades pelos prejuízos.