Governo mapeia mercados para redirecionar vendas
Governo brasileiro busca alternativas para redirecionar exportações agropecuárias ameaçadas por tarifa de 50% dos EUA. O foco está em abrir novos mercados e fortalecer acordos com países da Ásia e Oriente Médio.
Governo federal mapeia novos mercados para redirecionar produtos agropecuários que deixarão de ser exportados para os EUA, caso a tarifa de 50% entre em vigor em 1º de agosto. As principais frentes incluem abertura de novos mercados e ampliação de fluxos comerciais para destinos já existentes.
O Ministério da Agricultura, em parceria com o Ministério das Relações Exteriores e o MDIC, está diagnosticando mercados-alvo, com foco no Oriente Médio e Ásia.
Setores mais afetados incluem suco de laranja, café, carne bovina, frutas e pescados. O governo trabalha junto ao setor privado para priorizar mercados nas negociações bilaterais.
Adidos agrícolas foram orientados a buscar importadores e identificar oportunidades. Câmaras de comércio também estão oferecendo alternativas para redirecionar produtos brasileiros.
Entre as ações citadas estão:
- Abertura do Japão, Turquia e Coreia do Sul para carne bovina brasileira.
- Negociação com a China para redução de alíquota do suco de laranja.
- Promoção comercial para café no China e Austrália.
Exportadores estão preocupados com a quantidade de produtos já produzidos e aguardando distribuição. Eles solicitaram ao governo um tratamento diferenciado para cargas já a caminho dos EUA.
O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, destacou que foram abertos 397 novos mercados desde janeiro de 2023 e enfatizou a necessidade de intensificar a busca por alternativas.
As exportações do agronegócio brasileiro aos EUA somaram US$ 6,63 bilhões no primeiro semestre de 2024, correspondendo a 8% do total exportado. A CNA estima que o Brasil pode perder US$ 5,8 bilhões em exportações devido à nova tarifa dos EUA.