Governo Lula usa cargos em conselhos para agradar Motta, Alcolumbre e partidos aliados
Governo utiliza cargos em estatais para fortalecer base aliada no Congresso, destacando a nomeação de figuras ligadas a líderes parlamentares. A distribuição gera críticas por priorizar vínculos políticos em detrimento da qualificação técnica dos indicados.
BRASÍLIA - O governo Lula utiliza cargos em conselhos de empresas estatais para beneficiar sua base no Congresso.
Aliados como Hugo Motta e Davi Alcolumbre foram contemplados com indicações que garantem influência e jetons adicionais.
O governo afirma que as nomeações respeitam a Lei das Estatais e passam por avaliações de comitês de elegibilidade.
Segundo o Estadão, há 323 aliados do presidente nos colegiados, muitas vezes sem os requisitos técnicos necessários.
A lista inclui:
- Marcone dos Santos - conselheiro da Infraero; vinculado ao ministro Silvio Costa Filho.
- Mariangela Fialek - conselheira da Brasilcap; ligada a Arthur Lira.
- Ana Paula de Magalhães - chefe de gabinete de Alcolumbre; no conselho da Caixa Loterias.
- Inácio Melo Neto - presidente da CRPM; casado com a senadora Eliziane Gama.
- Fabio Coutinho - chefe de gabinete de Otto Alencar; conselheiro da Nuclep.
- Micheline Xavier Faustino - assessora de Rodrigo Pacheco; conselheira da PPSA e Eletronuclear.
O perfil de Fialek, por exemplo, se destaca pela articulação em emendas e na prática do orçamento secreto.
Um relatório da Polícia Federal do ano passado mencionou seu nome em investigações sobre desvios de emendas, envolvendo empresários.
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