Governo Lula pede exclusão de alimentos e Embraer de tarifaço de Trump
Governo Lula busca negociar a exclusão de produtos brasileiros da sobretaxa de 50% imposta pelos EUA, enquanto planeja medidas de contingência para mitigar os efeitos do tarifaço. A situação permanece incerta, com ênfase nas conversas contínuas entre o Brasil e a administração Trump.
Quatro dias antes da aplicação da sobretaxa de 50% sobre produtos brasileiros pelos Estados Unidos, o governo Lula busca exclusões, especialmente de alimentos, para evitar maiores prejuízos.
O vice-presidente Geraldo Alckmin está em contato com o secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, destacando que o Brasil é o maior produtor mundial de suco de laranja e o principal fornecedor de café para os EUA.
Além de alimentos, o governo brasileiro deseja a exclusão de aeronaves da Embraer, que tem os EUA como principal mercado. Alckmin e o ministro Fernando Haddad discutem um plano de contingência, mas aguardam a definição das tarifas pelo governo americano.
Lula ainda não decidiu a resposta a uma eventual sobretaxa americana. O governo estuda medidas como a criação de um fundo privado para crédito a setores afetados e ações de preservação de empregos.
Alckmin ressaltou que a prioridade é a negociação com os EUA, enquanto o líder do governo no Senado, Jaques Wagner, acredita que adiar o prazo da sobretaxa será complicado. O governo reafirma que a soberania do Brasil é inegociável nas conversas.
O encarregado de negócios da embaixada dos EUA no Brasil, Gabriel Escobar, manifestou interesse em materiais críticos brasileiros, ao que Lula retorquiu que planeja proteger os recursos nacionais.
Alckmin continua reunindo representantes da indústria e agronegócio para debater os impactos econômicos da sobretaxa.