Governo Lula falha na segurança pública, mas dá nó na oposição ao apresentar PEC
Governo propõe PEC para segurança pública após críticas e pressão da oposição. Ministros buscam apoio político enquanto debatem medidas eficazes para enfrentar o crime organizado.
O governo Lula enfrenta dificuldades na segurança pública desde o início do mandato, mas apresentou uma PEC ao Congresso para tratar do tema.
O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, busca apoio político enquanto a oposição se organiza para criticar a proposta.
Na noite de domingo, 13, Lewandowski se reuniu com advogados e magistrados em São Paulo. O criminalista Pierpaolo Bottini ressaltou que a esquerda está assumindo a pauta de segurança pública.
A segurança pública é considerada um dos pontos fracos da gestão petista, segundo pesquisas. A proposta surgiu após a queda na popularidade de Lula, com a conclusão de que a segurança será central nas eleições de 2026.
Desde o início do governo, a segurança pública tem a pior avaliação entre os eleitores. O ex-ministro Flávio Dino prometeu cinco projetos, mas não apresentou nada concreto.
Lewandowski tentou por meses obter aprovação para a PEC, enfrentando resistências internas e considerando pedir demissão antes de ser convencido a permanecer.
Declarações passadas de Lula sobre segurança pública, como críticas a mortes de jovens pela polícia, intensificaram a pressão da oposição. Em resposta, o governo lançou o programa “Celular Seguro”.
Lewandowski conseguiu compromisso do Congresso para acelerar a aprovação da PEC, que visa coordenar o Sistema Único de Segurança Pública (Susp).
A oposição critica a falta de ações concretas contra o crime organizado e se opõe à centralização da segurança pública no governo federal, citando riscos de violência, como no México.