Governo Lula espera autorização expressa da Casa Branca para negociar com americanos
Brasil busca dialogar com EUA para eliminar tarifas sobre produtos, enquanto a crise nas relações se intensifica. Contatos informais ocorrem, mas negociações oficiais dependem de instruções da Casa Branca.
Em meio à grave crise de relações Brasil-EUA, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva busca diálogo focado na eliminação das tarifas sobre produtos brasileiros, incluindo a nova sobretaxa de 50%, a vigorar em 1º de agosto.
A inclusão de sanções contra membros do Judiciário, como a cassação de vistos de ministros do STF, está descartada.
Contatos informais já ocorrem entre os técnicos das duas nações, mas o órgão USTR aguarda instruções da Casa Branca para reabertura do diálogo oficial.
A escalada da crise ocorreu na última sexta-feira, quando o secretário de Estado americano, Marco Rubio, anunciou a suspensão de vistos para diversas autoridades brasileiras, incluindo sete magistrados do STF e o procurador-geral. Entre os alvos, está o ministro Alexandre de Moraes.
Rubio comentou que a política de Moraes gera um "complexo de perseguição" que afetaria também os americanos. Antes disso, o presidente Donald Trump anunciou a sobretaxa, alegando motivos políticos e econômicos.
O governo brasileiro considera que a reação dos ministros do STF foi serena e não prevê eventos futuros. O monitoramento da situação é contínuo.
Além do Brasil, países como Japão, Coreia do Sul, Canadá e União Europeia também são impactados pelas medidas dos EUA, embora, segundo fontes, tenham a vantagem de não terem um "Bolsonaro" na liderança.