Governo Lula entra em semana decisiva contra tarifaço de Trump e deve finalizar plano de contingência
Governo Lula se prepara para implementar um plano de contingência visando minimizar os impactos econômicos das novas tarifas impostas pelos EUA. Enquanto a negociação permanece estagnada, mais de 10 mil empresas brasileiras devem ser afetadas pelas novas taxas.
Novas tarifas dos EUA sobre produtos brasileiros entram em vigor nesta sexta-feira, criando um impasse para o governo Lula. As negociações com Washington estão lentas e, por isso, o governo está preparando um plano de contingência para minimizar impactos econômicos.
Esta semana será crucial para fechar o plano, embora não haja reuniões previstas entre Lula e Donald Trump. A comunicação direta entre os governos está ausente, mesmo após diálogos diplomáticos, como a conversa entre o vice-presidente Geraldo Alckmin e o secretário do Comércio dos EUA.
O plano de resposta que Lula deve receber inclui:
- Pacote de crédito subsidiado;
- Compras públicas de produtos afetados;
- Fundo privado temporário para ajudar empresas.
Lula deve aprovar o plano antes de sexta-feira, com atualizações semanais sobre o progresso. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, responsabilizou aliados de Jair Bolsonaro por obstáculos nas negociações, mencionando Eduardo Bolsonaro e o influencer Paulo Figueiredo.
O governo brasileiro denunciou as tarifas na Organização Mundial do Comércio como uma violação da soberania econômica e política. O Itamaraty também acompanhará a situação e fornecerá um panorama sobre as opções diplomáticas.
Mais de 10 mil empresas brasileiras devem ser afetadas, especialmente pequenos exportadores. O governo dos EUA planeja uma nova declaração para justificar legalmente as tarifas, que, segundo a Bloomberg, ainda não é definitiva.
Lula indicou que o Brasil tomará medidas de reciprocidade caso as tarifas não sejam revistas, mas qualquer resposta será anunciada após a implementação das sanções.