Governo Lula discute fundo para dar crédito a empresas ou setores afetados por tarifaço de Trump
Governo brasileiro propõe fundo privado para apoiar empresas afetadas por tarifas dos EUA. Medida visa oferecer crédito a setores prejudicados, com foco em comprovar impactos nas receitas.
Governo Lula discute fundo privado temporário para ajudar empresas afetadas pela sobretaxa de 50% imposta por Donald Trump sobre produtos brasileiros.
Ainda sem definição sobre valores ou taxas de juros, a medida visa assegurar que as empresas comprovem perdas financeiras devido à queda nas exportações para os EUA.
Definições sobre quem terá acesso ao fundo podem ser feitas por setor ou empresa, visando beneficiar aqueles com impactos diretos das tarifas.
O fundo será criado por medida provisória e capitalizado pelo Tesouro Nacional, permitindo despesas financeiras que não impactam o limite fiscal.
A linha de crédito buscará oferecer capital de giro até que as empresas se reestruturem. A taxa de juros será aprovada pelo CMN, e se for abaixo de 15% ao ano, implicará em subsídio ao governo.
Uma proposta inicial será elaborada pelo Mdic, que já está em diálogo com setores afetados, como frutas, pescados e grãos.
A decisão sobre os detalhes deve ocorrer após 1º de agosto, quando a sobretaxa entra em vigor. O governo está se preparando para ações emergenciais caso necessário.
Caberá ao presidente Lula analisar as medidas, conforme informou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que também enfatizou a necessidade de um acordo racional com os EUA.
Contudo, a probabilidade de um entendimento até a data crítica é considerada baixa. O governo busca transmitir que está ativo e tem planos para auxiliar setores afetados, além de dar suporte técnico na busca de novos mercados.
O Itamaraty assegura que canais de negociação estão abertos, mas os esforços apresentados não recebem resposta do governo americano, gerando impaciência entre os setores impactados.