Governo Lula detalha impacto do tarifaço dos EUA no volume das exportações
Balanço do Mdic revela que 44,6% das exportações brasileiras para os EUA estão livres de sobretaxa. Apesar das exclusões, 35,9% das vendas ainda enfrentarão tarifas significativas em 2024.
Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic) divulgou um balanço sobre o impacto do tarifaço dos EUA.
Após a exclusão de diversos produtos brasileiros, 44,6% das exportações do Brasil para os EUA escaparam da sobretaxa.
O levantamento da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) indica que a tarifa americana incidirá sobre aproximadamente 35,9% das exportações, totalizando US$ 14,5 bilhões em 2024.
"45% das vendas brasileiras para os EUA estão excluídas da ordem executiva, totalizando US$ 18 bilhões", afirma o Mdic.
Além disso, 19,5% das exportações estão sujeitas a tarifas específicas, representando US$ 7,9 bilhões em 2024.
A maior parte das exportações brasileiras (64,1%) continua a competir em condições semelhantes no mercado americano.
Produtos já em trânsito para os EUA não serão afetados pelas tarifas adicionais, pois o decreto exclui mercadorias embarcadas até sete dias após a ordem executiva.
A ordem executiva inclui cerca de 700 produtos isentos, como aviões, celulose, suco de laranja, petróleo e minério de ferro.
O tarifaço, formalizado por uma ordem executiva do presidente Donald Trump, implementa uma tarifa adicional de 40% sobre produtos brasileiros, elevando a sobretaxa total para 50%.
As novas taxas entrarão em vigor no dia 6 de agosto.
O presidente Lula expressou disposição para negociar uma saída comercial, considerando as medidas contra o Brasil como injustificáveis.