Governo Lula aposta em sensibilizar consumidor dos EUA contra sobretaxa de Trump
Governo brasileiro busca sensibilizar mercado dos EUA para reverter taxação de 50% sobre produtos brasileiros. Setores produtivos, como agronegócio e indústria, são mobilizados para dialogar diretamente com importadores americanos.
O governo Lula (PT) busca sensibilizar o mercado consumidor dos Estados Unidos para reverter a sobretaxa de 50% imposta por Donald Trump ao Brasil.
O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) lidera as negociações, iniciando reuniões com setores do mercado brasileiro desde 15 de agosto.
Empresários do agronegócio e da indústria devem apresentar aos importadores americanos os impactos negativos da taxação.
O governo brasileiro também se reunirá com representantes comerciais dos EUA, como a Câmara Americana de Comércio para o Brasil (Amcham), em encontro marcado para 16 de agosto.
O objetivo de Alckmin é reverter a taxa antes de 1º de agosto, quando começaria a valer. Um dos argumentos é que a importação americana de produtos brasileiros cresceu três vezes mais que o contrário.
Setores como carne bovina, suco de laranja e café são essenciais na produção e no cotidiano dos americanos.
Alckmin afirmou que todos trabalharão juntos para mostrar que a taxa prejudica não só o Brasil, mas também a população dos EUA.
O governo brasileiro não aceitará discussões sobre temas jurídicos, em referência à relação com o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Se necessário, será avaliada a prorrogação do prazo de taxação ou alternativas de retaliação.
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) sugeriu adiar o prazo por mais três meses, e o presidente da CNI, Ricardo Alban, ressaltou a importância de evitar medidas precipitadas.
O governador Tarcísio de Freitas também se reuniu com representantes de empresas e da embaixada dos EUA para explorar possíveis acordos.