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Governo Lula amplia participação feminina no Itamaraty, mas ainda fica distante da média continental

Lula aumenta participação feminina na diplomacia, mas Brasil ainda está abaixo da média das Américas. Apesar de crescimento de embaixadoras, desafios permanecem em consulados e cargos de chefia.

BRASÍLIA: O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ampliou a presença de mulheres na diplomacia brasileira em dois anos, com aumento de 75% nas chefias de embaixadas, passando de 16 para 28. No entanto, a participação feminina ainda está abaixo da média das Américas, que é de 28%.

As chefes em consulados e vice-consulados, por outro lado, caíram de 13 para 8, uma redução de 38,5%. A participação feminina em chefias de embaixadas é de 20%, enquanto nos consulados cai para 18%.

Apesar da falta de compromisso formal pelo governo para uma divisão 50%-50%, Lula defende a maior participação feminina nas esferas de poder, inclusive no Itamaraty. O número de diplomatas mulheres nas chefias de embaixadas deve subir para 29 em breve.

O Ministério das Relações Exteriores afirma estar engajado em promover a diversidade. O chanceler Mauro Vieira destacou que há um longo caminho a percorrer em relação à igualdade de gênero.

O Brasil é o 42º entre 153 países em participação feminina na diplomacia, com apenas 14%, enquanto a média global é de 21%. Enquanto isso, a Associação das Mulheres Diplomatas do Brasil (AMDB) alertou que, sem políticas permanentes, os avanços podem ser revertidos com mudanças de governo.

Em 2024, novas medidas foram adotadas, como a reserva de vagas para mulheres no Concurso de Acesso à Carreira Diplomática (CACD), resultando em um aumento de 60% no número de mulheres aprovadas. Atualmente, 379 mulheres atuam na carreira diplomática, representando 23% do total.

A AMDB aponta que, apesar de algumas conquistas, persiste a necessidade de critérios claros e ações sustentáveis para efetivar a paridade de gênero no Itamaraty. A luta pela representatividade e a proteção de conquistas é vista como essencial para o futuro das mulheres na diplomacia brasileira.

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