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Governo gasta mais, arrecada menos e congela R$ 31 bi: analistas explicam por que mercado reagiu mal

Governo adota medida de congelamento orçamentário para atender normas fiscais, elevando o IOF para aumentar a arrecadação. Especialistas veem a ação como conservadora, mas apontam que déficit fiscal persiste.

Governo Lula anuncia congelamento de R$ 31,3 bilhões no Orçamento de 2025 para cumprir regras fiscais, reforçando a arrecadação com aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

Analistas consideram a medida conservadora e positiva, mas destacam que o déficit fiscal persiste. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ressalta desafios na Previdência e no Benefício de Prestação Continuada (BPC).

Projeção de superávit de R$ 14,6 bilhões foi alterada para um déficit de R$ 31 bilhões, com contingenciamento de R$ 20,7 bilhões e bloqueio de R$ 10,6 bilhões. Detalhes do congelamento serão publicados em decreto no dia 30.

  • Gastos não obrigatórios incluem despesas de custeio e investimentos públicos.
  • Parte significativa da contenção deve recair sobre emendas parlamentares.

Um economista considera que o novo cenário torna as contas mais realistas, mas a dinâmica de déficits modestos não estabiliza a dívida pública.

Após o anúncio, o mercado reagiu com oscilações: o dólar caiu para R$ 5,60, mas fechou em alta de 0,32% a R$ 5,66; o Ibovespa recuou 0,44%.

Causas do bloqueio: Aumento inesperado de gastos previdenciários e frustração na arrecadação de R$ 31,3 bilhões.

O governo admite que precisará de novas medidas de receita para alcançar a meta fiscal, que permanece no limite inferior da tolerância.

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