Governo federal gastou R$ 3,5 bi em viagens sob sigilo para servidores desde 2014
Governo federal mantém sigilo em 15% das viagens de servidores, levantando preocupações sobre a transparência na gestão dos recursos públicos. Análise aponta gastos de R$ 3,5 bilhões em viagens ocultas desde 2014, destacando a predominância de informações não divulgadas nas administrações recentes.
Gastos com viagens sigilosas: Desde 2014, o governo federal investiu cerca de R$ 3,5 bilhões em viagens de servidores, com informações confidenciais.
Dados ocultos: Uma em cada oito viagens teve o nome do servidor escondido, assim como o motivo, destino e cargo. Quase R$ 2,8 bilhões foram gastos em diárias não identificadas e R$ 712 milhões em passagens.
Comparação entre gestões: O maior nível de sigilo ocorreu no governo de Jair Bolsonaro (16%). Luiz Inácio Lula da Silva segue com 15%, enquanto Dilma Rousseff teve 12% e Michel Temer, 11% de sigilo.
Justificativas de sigilo: Segundo a CGU e MGI, o sigilo protege informações sensíveis. Isso se aplica a órgãos de segurança e à Presidência, com 620 mil nomes na Polícia Federal.
Viagens da Presidência: Na gestão Lula, ocorreram 2.000 viagens sigilosas, gerando gastos de R$ 4,8 milhões em passagens e diárias.
Prazos de sigilo: As informações podem ser ocultadas por cinco a 25 anos, dependendo do grau de sigilo. Marina Atoji aponta que raramente é necessário sigilo por mais de cinco anos.
Preocupações com a transparência: Há mais de 4.000 viagens das gestões de Dilma e Temer sob sigilo, sugerindo que o prazo de divulgação pode não estar sendo respeitado. Para Atoji, isso prejudica o controle social.
Notas das instituições: A PRF defende o sigilo por razões de segurança. A PF afirma que divulgar informações pode comprometer investigações.
Necessidade de melhor gestão: Bruno Morassutti destaca que a cultura de sigilo no setor público impede o acesso à informação. É crucial garantir o cumprimento dos prazos de sigilo e melhorar a gestão dessas informações.