Governo faz ‘pente-fino’ em cargos para cobrar fidelidade da base
Governo Lula enfrenta desafios em sua base parlamentar ao revisar indicações de cargos, tentando garantir mais lealdade aos projetos. A busca por apoio se intensifica em um cenário de fragilidade na relação com o Congresso e novas pressões por mudanças.
Secretaria de Relações Institucionais (SRI), liderada pela ministra Gleisi Hoffmann, enfrenta desafios após derrotas no Congresso.
Em meio a um pente-fino nos cargos indicados por partidos aliados, o governo busca maior fidelidade dos parlamentares, mas enfrenta resistência interna.
Ainda há uma divisão significativa de nomes dos governos anteriores, com 50% dos postos nos estados ligados a parlamentares que apoiavam Jair Bolsonaro.
As indicações em debate abrangem órgãos como SPU, Dnit, INSS, entre outros. A urgência no projeto de anistia gerou tensões, com 146 das 264 assinaturas vindo de parlamentares da base.
Exemplos de legisladores que assinaram a urgência do projeto enquanto indicados estão no governo incluem:
- Eduardo da Fonte (PP-PE) - Indicou Marcela Campos na CBTU.
- Pinheirinho (PP-MG) - Indicou no Ceasa de Minas.
- Márcio Marinho (Republicanos-BA) - Ligado à Companhia das Docas.
O governo, ciente da fragilidade das relações com o Congresso, teme mudanças abruptas que poderiam complicar a governabilidade.
Além disso, as emendas parlamentares, mais relevantes atualmente, são consideradas mais importantes que cargos políticos, impactando as estratégias de influência dos parlamentares.
PT expressa descontentamento com postos ocupados por aliados com baixa fidelidade nas votações, especialmente nas superintendências dos Correios.