Governo estima alta de quase 18% com BPC em 2026 mesmo após revisão de gastos
Projeção para os gastos com o Benefício de Prestação Continuada (BPC) em 2026 indica aumento significativo, desafiando as medidas de contenção do governo. Especialistas alertam sobre a possibilidade de subestimação das despesas e a eficácia das reavaliações em curso.
Projeção de gastos com o BPC para 2026: governo estima aumento de quase 18%, atingindo R$ 140,1 bilhões, comparado aos R$ 119,1 bilhões deste ano.
Apesar das medidas de contenção, o programa segue em expansão. Analistas alertam para a subestimação de despesas e possíveis ineficácia nas ações.
O economista Gabriel Leal de Barros sugere que a despesa está subestimada em R$ 15 bilhões, devido a fatores como o aumento do salário mínimo e o crescimento no número de beneficiários.
Aumento de despesas: desde 2022, o crescimento varia de 16,5% a 19,9%. Para 2027 e além, há previsão de desaceleração.
- Concessões judiciais crescem 22% de 2023 a 2024.
- Em 2025, crescimento judicial de 24% para pessoas com deficiência.
Revisões e ajustes: o governo propôs alterações nas regras do BPC para conter custos, prevendo uma economia de R$ 2 bilhões em 2025. Porém, essa previsão foi reduzida pela metade por mudanças no Congresso.
Medidas no anexo de revisão de gastos tentam garantir economias de R$ 12,4 bilhões entre 2026 e 2029, com revisões bianuais do benefício.
Expectativa de economias: R$ 2 bilhões em 2026, aumentando para R$ 4,5 bilhões em 2028.
O secretário de Orçamento, Clayton Montes, reforça que revisões do programa são naturais e acontecem a cada dois anos.