Governo e MPF assinam termo para guiar futuros acordos de leniência
Governo e MPF buscam fortalecer acordos de leniência com novo termo de cooperação técnica. A iniciativa visa padronizar processos e garantir maior segurança jurídica nas negociações com empresas que cometem irregularidades.
Governo e MPF assinam novo termo de cooperação técnica
Nesta sexta-feira (25), o governo federal e o Ministério Público Federal (MPF) assinarão um novo termo de cooperação técnica. O objetivo é guiar a celebração de acordos de leniência com empresas envolvidas em irregularidades.
Representando o Executivo, estarão a Controladoria-Geral da União (CGU) e a Advocacia-Geral da União (AGU). A assinatura ocorrerá na sede da Procuradoria-Geral da República (PGR), em Brasília (DF).
Entre os signatários estão:
- Paulo Gonet Branco (Procurador-Geral da República)
- Jorge Messias (Ministro da AGU)
- Vinícius Marques de Carvalho (Ministro da CGU)
- Alexandre Camanho (Coordenador da Câmara de Combate à Corrupção do MPF)
O acordo de leniência é semelhante à colaboração premiada para pessoas jurídicas, onde a empresa reconhece ilícitos e se compromete a pagar multas e ressarcir danos.
Em 2020, foi fechado um acordo anterior de cooperação técnica, mas o MPF não participou, alegando que o texto limitava sua atuação. Após conversas iniciadas pelo ministro André Mendonça, surgiu uma nova tentativa de conciliação, especialmente sobre acordos com empreiteiras da Lava-Jato.
O novo termo visa criar um ambiente de segurança jurídica, estabelecendo um “balcão único” para as negociações. Os destaque incluem:
- Maior cooperação interinstitucional
- Uso de parâmetros comuns pré-ajustados
- Vedação de sobreposição de sanções
A padronização dos procedimentos, especialmente no cálculo de multas, é uma grande preocupação. Ao iniciar um acordo de leniência, a CGU deve prontamente envolver o MPF nas tratativas, e vice-versa.
O novo acordo é visto como uma oportunidade de “revitalizar” o instituto, que enfrentou descrédito após os primeiros anos da Lava-Jato.