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Governo e Centrão adotam o ‘modo faz de conta’, enquanto liderança de Lula definha

A recusa do deputado em assumir o ministério revela a fragilidade da relação entre o governo Lula e o Centrão. Consultores apontam que, diante da crescente influência do Legislativo, o Executivo deve buscar alternativas para garantir sua governabilidade.

Caso inédito: Um deputado recusou assumir um ministério após anúncio público, evidenciando a falta de liderança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e um “faz de conta” na relação com o Centrão.

Contexto: A perda de força do Executivo se deve ao maior poder dos parlamentares sobre o Orçamento. Jantares de Lula com líderes partidários não refletem um real apoio ao governo, que depende do Parlamento para governabilidade.

Nova dinâmica: Apesar de resistirem a ocupar ministérios, políticos não querem perder influência sobre as pastas. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, indicou um nome técnico, mas sob influência partidária para o ministério das Comunicações.

  • João Henrique Hummel sugere que o governo utilize indicações de nomes técnicos de outros partidos para concretizar a reforma ministerial.
  • Jean Castro ressalta que o perfil técnico pode ser visto como uma alternativa positiva.

Decisão do líder do União Brasil: Pedro Lucas Fernandes (MA) decidiu permanecer na Câmara, reforçando a ideia de que controlar a bancada é mais vantajoso que ocupar um ministério.

Independência do Congresso: Nos governos anteriores de Lula, o Executivo tinha mais poder sobre o Orçamento. Atualmente, lobistas preferem negociar com parlamentares. Emendas impositivas aumentaram a independência do Congresso.

Dependência do Legislativo: Hummel aponta que a manutenção do ministério com União, mesmo após o vexame, demonstra dependência do Executivo para governabilidade.

Futuro do governo: Para aprovar projetos, o governo precisará de amplo consenso. Hummel adverte que, se Lula não alinhar sua pauta com a maioria do Congresso, não conseguirá avançar.

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