Governo corre contra o tempo para escapar do cerco de Trump às exportações brasileiras. Veja em infográfico
Governo brasileiro intensifica esforços para evitar tarifas elevadas de produtos exportados aos EUA. Investigação sobre práticas comerciais pode resultar em sanções adicionais, complicando ainda mais as relações entre os dois países.
Governo Lula enfrenta tarifas americanas diante da escalada tarifária de Donald Trump contra produtos brasileiros. A sobretaxa de 50% entrará em vigor em 1º de agosto.
Uma investigação do Escritório do Representante de Comércio dos EUA (USTR) foi aberta, citando desde o Pix até o comércio popular de São Paulo. São apontadas ações desleais no comércio, incluindo desmatamento ilegal e restrições a redes sociais americanas.
O Brasil tem até 18 de agosto para apresentar sua defesa e uma audiência pública ocorrerá em 3 de setembro. As conclusões podem levar a tarifas adicionais além da sobretaxa já anunciada.
Trump também ameaçou aplicar tarifas de 100% contra países que mantêm relações comerciais com a Rússia, colocando o Brasil em uma situação complicada, uma vez que compra óleo diesel russo.
O governo brasileiro expressou indignação em carta enviada aos EUA, manifestando disposição de negociar soluções e cobrando respostas sobre tarifas anteriores.
Além disso, o governo utilizou a situação do Pix como um apelo à defesa da soberania nacional, destacando sua popularidade com a população e seu papel na modernização dos pagamentos.
O Pix já conta com mais de 175 milhões de usuários e movimentou R$ 26,4 trilhões em 2024. A crítica americana à plataforma é interpretada como uma defesa dos interesses de big techs nos EUA.
O vice-presidente, Geraldo Alckmin, assegurou que o Brasil explicará os pontos citados na investigação e reforçou que o desmatamento está em queda, posicionando o Brasil como um exemplo global.
As investigações estão em andamento e podem levar a medidas tarifárias e não tarifárias adicionais. O contexto sugere uma complexa guerra comercial entre os países.