Governo brasileiro deve intensificar proteção comercial para neutralizar efeitos do tarifaço
Governo brasileiro avalia medidas de proteção comercial para conter influxo de produtos estrangeiros após tarifas elevadas dos EUA. Indústrias locais, como têxtil e siderúrgica, temem impactos negativos e pedem ação imediata para evitar danos à produção nacional.
Governo brasileiro discute intensificação de medidas de proteção comercial para salvar a indústria local do risco de inundações de produtos estrangeiros devido ao tarifaço de Donald Trump.
Com a possibilidade de desvio de comércio, o Brasil se prepara para monitorar fluxos de importações de países afetados. Central de monitoramento será criada para identificar ameaças.
Setores como têxtil, siderúrgico, automobilístico e químico pedem respostas rápidas do governo. Aulas de salvaguardas podem elevar tarifas ou restringir importações.
Nos últimos dois anos, o país já adotou medidas de proteção para conter o aumento de importações. No entanto, especialistas alertam que isso pode não ser suficiente diante da nova “anormalidade” econômica.
O setor químico enfrenta um déficit comercial significativo com a China, que chegou a US$ 18,1 bilhões em 2024. A pressão sobre o governo para agir aumentará nas próximas semanas.
Recentemente, barreiras comerciais não atenderam completamente às demandas dos setores. No aço, por exemplo, o sistema de cota-tarifa foi estabelecido.
As siderúrgicas estão em alerta com a expectativa de um aumento nas importações de cerca de 30% no primeiro trimestre, enquanto se questiona o destino de milhões de toneladas exportadas pelos EUA.
O presidente do Instituto Aço Brasil afirma que não haverá grandes impactos inflacionários com a elevação de tarifas, citando a estabilidade nos preços após a introdução das cotas.
A indústria têxtil também expressa preocupações sobre o desvio de comércio, especialmente por canais digitais. O crescimento das importações chinesas foi de 14,5% no primeiro trimestre de 2024.