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Governo Bolsonaro ordenou blitz no 2º turno, diz ex-PRF

Ex-coordenador da PRF revela pressão para abordar veículos com destino ao Nordeste durante eleições de 2022. O depoimento integra o julgamento da suposta tentativa de golpe liderada por ex-integrantes do governo Bolsonaro.

Coordenador de Inteligência da PRF depõe no STF

Adiel Pereira Alcântara, coordenador de Inteligência da PRF durante o governo Jair Bolsonaro, afirmou em depoimento no STF que o então diretor de Operações, Djairlon Henrique Moura, ordenou o reforço nas abordagens de ônibus e vans durante as eleições de 2022.

Alcântara, chamado pela PGR como testemunha de acusação, disse que Moura queria que a Inteligência ajudasse a abordar veículos com destino ao Nordeste, reduto de Lula. Ele destacou que as abordagens eram direcionadas a veículos de Goiás, São Paulo, Minas e Rio de Janeiro.

Quando questionado sobre a motivação, Moura justificou que havia alta incidência de acidentes na região, mas Alcântara ficou cético e relatou que Moura declarou: “Está na hora de a PRF tomar lado.”

No 2º Turno das eleições, em 30 de outubro de 2022, a PRF realizou blitzes no Nordeste, desrespeitando determinação do então presidente do TSE, Alexandre de Moraes, que proibiu ações que prejudicassem a votação. As intervenções atrasaram eleitores e são acusadas de tentar impedir votos para Lula.

A 1ª Turma do STF está ouvindo 82 testemunhas, incluindo figuras como os ex-comandantes das Forças Armadas e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas. As audiências são feitas por videoconferência, sem transmissão oficial, e a imprensa tem acesso restrito.

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