Governo avalia programa para preservar empregos afetados por tarifaço de Trump, mas medida deve ser 'focalizada'
Governo estuda criar programa de manutenção de empregos diante das sobretaxas dos EUA. Medidas propostas incluem linhas de crédito emergenciais e antecipação de tributos para empresas afetadas.
Governo de Lula prioriza preservação de empregos em resposta ao "tarifaço" dos EUA sobre produtos importados do Brasil.
Se a sobretaxa de 50% for implementada, um programa semelhante ao de manutenção de empregos da pandemia pode ser criado.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, mencionou que opções para evitar demissões serão apresentadas a Lula esta semana, mas ainda não há definição sobre a estratégia a ser escolhida.
Na pandemia, foi adotado o Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda (BEm), que permitia redução temporária da jornada e do salário, com parte do custo bancado pelo governo.
Apesar dos benefícios políticos iniciais do "tarifaço", o governo teme que os impactos econômicos revertam a popularidade de Lula, já que uma onda de demissões pode ocorrer.
A taxa de desemprego caiu para 6,2%, a menor já registrada em maio, segundo o IBGE, e isso é uma preocupação para a equipe econômica de Haddad.
- Medidas em estudo:
- Linhas emergenciais de crédito com juros mais baixos.
- Antecipação de créditos tributários para grandes empresas exportadoras.
A proposta visa apoiar empresas que exportam para os EUA e estão em necessidade, especialmente as pequenas empresas.
Flávio Roscoe, presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais, trouxe as demandas ao governo e recebeu sinalização de que as propostas estão sendo analisadas.