Governo avalia antecipar etapas para incentivar novos investimentos em data centers
Governos buscam antecipar investimentos em infraestrutura elétrica para atrair data centers e projetos de hidrogênio verde. Desafios regulatórios e de conectividade ainda precisam ser superados para garantir o sucesso das iniciativas.
Governo Lula planeja antecipar investimentos em infraestrutura elétrica antes da confirmação de empreendimentos como data centers e hidrogênio verde.
Os desafios incluem a criação de Mecanismos de mitigação de riscos em caso de desistências. Segundo Thiago Barral, do MME, as discussões sobre data centers estão ligadas à soberania digital.
Em reunião a 8 de outubro com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e representantes de outros ministérios, discutiu-se a atração de investimentos no setor. Um plano nacional será lançado até o próximo mês.
No seminário do portal Poder360, Barral afirmou que o MME está trabalhando em avanços legais para aumentar a competitividade em infraestrutura digital, com foco no acesso à rede de transmissão elétrica.
Em 2022, foram emitidas seis portarias; em 2024, esse número subiu para dezoito. Atualmente, há 55 processos em análise, com previsão de implementação até 2037.
O governo enfrenta obstáculos, como a falta de espaço na rede de transmissão para novas cargas. Estudos estão sendo realizados sobre localização estratégica e comprometimento financeiro dos investidores.
O objetivo é evitar que investimentos em tecnologia sejam realizados sem a conclusão dos data centers, o que poderia levar a uma infraestrutura ociosa e custos elevados.
Barral destacou a importância da soberania digital e da infraestrutura local para reduzir custos e fomentar inovações. Ele também comentou sobre a projeção de carga energética com novos projetos.
Reinaldo Garcia, da EPE, informou que estudos estão em andamento para integrar eficientemente as cargas de data centers e hidrogênio à rede. Ele enfatizou a importância de melhorar obrigações financeiras e aumentar a previsibilidade.
Esse novo modelo visa evitar a liberação inadequada de espaço na rede, prevenindo custos adicionais para os consumidores de energia.