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Governo apresenta projeto de lei para legalizar o aborto no Chile

Projeto de lei visa expandir direitos reprodutivos e desafiar a proibição histórica do aborto no Chile. Enfrentará resistência no Congresso, onde a oposição se opõe à legalização.

Governo chileno apresentou projeto de lei para legalizar o aborto até 14 semanas de gestação.

O anúncio foi feito nesta quarta-feira (28) pela ministra da Mulher, Antonia Orellana, durante coletiva.

Desde 2017, o aborto no Chile é permitido apenas em três situações: risco à vida da mãe, inviabilidade do feto e estupro.

A proposta está alinhada a uma das promessas do presidente Gabriel Boric ao assumir o cargo em 2022.

O projeto visa abrir a discussão no Congresso, relacionado à proibição do aborto terapêutico, que durou 36 anos, implementada sob o regime de Augusto Pinochet.

Atualmente, o Chile registra cerca de quatro mortes anuais devido a abortos clandestinos.

Desafios: a iniciativa enfrenta resistência, pois Boric não possui maioria no Parlamento, e a oposição é contrária à expansão dos direitos ao aborto.

A ministra Orellana mencionou que é "ingênuo" acreditar que o projeto será aprovado até o término do governo Boric em março de 2026.

Grupos feministas apoiam a descriminalização do aborto, com 34% da população favorável a que ele seja uma opção em todos os casos, enquanto 50% acredita que deve ser permitido apenas em circunstâncias especiais.

Com informações da AFP

Publicado por Fernando Dias

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