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Governo aponta falta de espaço no Orçamento para cumprir mínimos de saúde e educação em 2027

Governo enfrenta déficit orçamentário de R$ 10,9 bilhões para atender mínimos em saúde e educação em 2027. A situação é impactada por limites do arcabouço fiscal e pela inclusão de precatórios na meta fiscal.

Orçamento de 2027 enfrenta falta de recursos para investimentos em saúde e educação, comprometendo obrigações constitucionais.

Dados divulgados no Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2026 mostraram que as despesas discricionárias devem totalizar R$ 122,2 bilhões, dos quais R$ 56,5 bilhões são reservados para emendas parlamentares.

Após essas reservas, restam apenas R$ 65,7 bilhões, enquanto para cumprir os mínimos de investimento em saúde e educação seriam necessários R$ 76,6 bilhões. Isso resulta em uma falta de R$ 10,9 bilhões para honrar compromissos.

Além disso, não há verbas para a manutenção da máquina pública e investimentos futuros.

O secretário de Orçamento, Clayton Montes, afirmou que não haverá dinheiro suficiente para todas as necessidades da União.

Arcabouço fiscal introduzido em 2023 requer que os gastos com saúde e educação sejam um percentual das receitas:

  • 15% da receita para saúde
  • 18% da receita para educação

Esses percentuais estão comprimindo as despesas discricionárias do governo.

Em relação aos precatórios, haverá R$ 55,1 bilhões fora da meta fiscal em 2026, mas a partir de 2027, todo o valor será incluído na meta, reduzindo ainda mais o espaço para gastos discricionários.

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