Governo anuncia medidas para substituir decreto do IOF e promete reforma administrativa em julho
Governo federal busca garantir estabilidade fiscal com nova proposta tributária. Medidas visam aumentar arrecadação e reduzir gastos, abrangendo múltiplos setores.
Governo federal anunciou medidas para substituir decreto que aumentava o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). A reunião ocorreu na residência oficial da Câmara dos Deputados, em Brasília, com ministros e líderes partidários.
Uma medida provisória (MP) será enviada para revogar o decreto original e implementar novas regras. Segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, as mudanças terão efeitos imediatos.
As principais medidas anunciadas incluem:
- Aumento da alíquota sobre apostas esportivas de 12% para 18%; detalhes a serem apresentados em 10/06;
- Tributação de 5% sobre títulos de renda fixa isentos de Imposto de Renda, como LCI e LCA;
- Inclusão de operações com risco sacado;
- Redução mínima de 10% nos gastos tributários infraconstitucionais, com deliberação do Congresso.
Haddad declarou que o objetivo é dar mais conforto ao arcabouço fiscal e responder à pressão por compensações orçamentárias, evitando "gambiarras tributárias".
O presidente da Câmara, Hugo Motta, anunciou que a reforma administrativa será apresentada em julho e discute medidas sobre gastos primários e isenções fiscais.
Participantes da reunião incluíram:
- Gleisi Hoffmann, ministra das Relações Institucionais;
- Davi Alcolumbre, presidente do Senado;
- Jaques Wagner, líder do governo no Senado;
- Líderes partidários do PT, MDB, PSB, União Brasil, Progressistas e PSD.
Alcolumbre considerou o encontro "simbólico" e ressaltou a importância do diálogo para reformas estruturantes.
A data limite para o governo apresentar o texto é 10 de junho. Caso contrário, a Câmara poderá pautar um Projeto de Decreto Legislativo (PDL) para derrubar o decreto do IOF.