Governo ainda não tem plano para falta de R$ 10,9 bi para gasto mínimo com educação e saúde em 2027, diz Haddad

Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou que o governo ainda não discute um plano para enfrentar a expectativa de uma falta de R$ 10,9 bilhões para saúde e educação no orçamento de 2027.

Essa perspectiva integra as projeções iniciais do Orçamento de 2027 no Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2026, divulgado hoje.

Haddad afirmou: “A cada etapa que for cumprida, tomaremos providências para acertar o Orçamento. Ainda não abrimos discussão sobre isso.”

A previsão negativa está ligada ao arcabouço fiscal e ao pagamento de precatórios, o que sugere a necessidade de mudanças nas regras fiscais atuais.

Haddad destacou que as despesas com precatórios e emendas parlamentares devem ser discutidas com a sociedade e o Judiciário, já que passaram de R$ 50 bilhões para quase o dobro durante o governo Bolsonaro.

• IR e Constrangimento Moral: Haddad acredita que o projeto de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil não terá dificuldades para aprovação.
• O projeto, que visa reformar a renda, já foi enviado à Câmara dos Deputados. Discussões sobre a isenção devem começar após os feriados.
• A expectativa é que a isenção resulte em uma renúncia de R$ 27 bilhões para as receitas da União.

A proposta inclui uma nova alíquota mínima para quem ganha acima de R$ 600 mil, começando em zero e subindo gradativamente até 10% para rendimentos superiores a R$ 1,2 milhão.

• Benefícios: A isenção beneficiará cerca de 10 milhões de brasileiros, enquanto 141 mil pagarão a compensação.
• Além disso, 5 milhões que ganham entre R$ 5 mil e R$ 7 mil terão desconto parcial.

Segundo o ministro, o projeto tem como objetivo buscar justiça social e funcionar como um décimo-quarto salário para os beneficiados.