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Governador democrata da Califórnia reforça imagem presidenciável em duelo com Trump

Gavin Newsom critica o envio de tropas federais para Los Angeles, acusando Trump de criar um "teatro" em meio a protestos. O governador busca fortalecer sua imagem política e sua posição no Partido Democrata após críticas internas.

Gavin Newsom, governador da Califórnia, desafia o envio de tropas por Donald Trump ao estado, em meio a protestos contra medidas anti-imigrantes.

Newsom, 57, busca visibilidade política, sem negar interesses presidenciais futuros. Sua oposição a Trump é vista como um caminho para dividir apoio dentro do Partido Democrata.

No pronunciamento de terça-feira (10), Newsom comparou Trump a "ditadores falidos" e criticou o uso da Guarda Nacional em Los Angeles, alegando que a situação era pacífica antes do envio das tropas.

Durante sua gestão, ele implementou políticas que contradizem as bandeiras de Trump, promovendo energia limpa e direitos de migrantes. Além disso, critica estados republicanos em questões como controle de armas e educação.

Apesar de adotar uma imagem moderada, Newsom entrevistou aliados de Trump e fez declarações controversas sobre questões progressistas, como a participação de mulheres trans em esportes femininos.

O governador enfrenta críticas internas sobre a crise de habitação e o aumento de pessoas em situação de rua, com registros que superam 187 mil. Ele pressionou cidades a remover acampamentos de sem-teto, alinhando-se parcialmente aos discursos de Trump.

Recentemente, Newsom disse que o Partido Democrata se tornou "tóxico", gerando reação do deputado Ro Khanna, que alertou contra atacar o partido em vez de focar em Trump.

Em pesquisa, apenas um terço dos eleitores democratas se sentia otimista com o partido. Newsom foi um dos principais políticos durante a crise da candidatura de Joe Biden e se posicionou como uma possível alternativa ao expressar apoio e distanciamento do presidente.

O governador processou a Casa Branca pelo envio militar e acusou Trump de abuso de poder, ressaltando que "a democracia está sob ataque". Esta postura serve para solidificar seu nome dentro do Partido Democrata, que busca uma liderança clara após a derrota em 2024.

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