Governador argentino diz que Câmara dos EUA de persegue Cristina Kirchner
Kicillof critica decisão judicial como forma de intimidação política e conecta condenação de Kirchner a interesses dos EUA. Ele defende que a sentença carece de provas e questiona a imparcialidade do processo.
Governador de Buenos Aires, Axel Kicillof, acusou a AmCham (Câmara de Comércio dos EUA) de solicitar a condenação da ex-presidente Cristina Kirchner. A declaração ocorreu em 11 de junho de 2025, um dia após a Corte Suprema confirmar a sentença de 6 anos de prisão e inabilitação perpétua de Kirchner.
Kicillof afirmou que a condenação é uma forma de intimidação política e estabeleceu uma ligação entre a decisão judicial e a geopolítica dos EUA. “Tomaram a decisão de fazer uma condenação sem provas”, declarou.
A decisão da Corte Suprema, anunciada em 10 de junho, manteve a condenação por irregularidades em obras públicas na província de Santa Cruz. Kicillof também relacionou a condenação com a proibição imposta pelo Departamento de Estado à entrada de Kirchner nos EUA.
O governador criticou o processo judicial, mencionando a falta de provas e a ausência de implicações para outros responsáveis pelas obras. Ele disse: “Se não gostam do que faz determinado funcionário, vão impor uma condenação, mesmo sem provas”.
Apesar das divergências anteriores, Kicillof e Kirchner se uniram nos últimos dias visando fortalecer o peronismo para as eleições legislativas. Kicillof, que tem aspirações presidenciais para 2027, cancelou compromissos por conta da situação de Kirchner.
Kirchner, mesmo inocentada de associação criminosa, foi considerada culpada em outros crimes e afirmou que a condenação é uma perseguição política que já estava “escrita” há 3 anos.