Google pode ter que vender Chrome em julgamento sobre monopólio de buscas na internet
Departamento de Justiça dos EUA pede que Google desfaça o navegador Chrome para combater monopólio. O julgamento em curso pode resultar em mudanças significativas na forma como os usuários realizam buscas na internet.
Departamento de Justiça dos EUA argumenta que o Google deve se desfazer do navegador Chrome e implementar outras mudanças, visando quebrar seu monopólio de buscas na internet.
O advogado David Dahlquist afirmou que as medidas são necessárias para restaurar a competição, lidando com um ciclo de práticas anticompetitivas que permitiu à empresa dominar o setor.
Em agosto, o juiz Amit P. Mehta declarou que o Google abusou de seu poder de mercado, sendo considerado um monopolista. Ele preside o julgamento que deve durar três semanas e espera decidir sobre as medidas em agosto ou setembro.
O governo dos EUA solicitou ao juiz que o Google se desfaça do Chrome e que proíba a empresa de pagar fabricantes de smartphones para manter a busca do Google como padrão. Também foi solicitado que o Google compartilhe dados técnicos com concorrentes.
Se não houver mudanças no mercado de busca em cinco anos, o Google poderá ser forçado a se desfazer do Android.
O advogado do Google, John Schmidtlein, criticou as propostas do governo, classificando-as como “extremas” e “fundamentalmente falhas”. Ele defendeu que o Google alcançou sua posição no mercado de forma justa, destacando seus investimentos na “revolução móvel”.
As medidas corretivas podem alterar como os usuários realizam buscas na internet, potencialmente utilizando uma maior variedade de mecanismos de busca e navegadores.
Além disso, o Google enfrenta outros casos antitruste, incluindo decisões recentes que consideram sua tecnologia de publicidade e loja de aplicativos como monopólios ilegais.
Esses processos têm o potencial de remodelar o setor tecnológico, assim como casos históricos que desmantelaram empresas como a AT&T e Microsoft.