Google é condenado por monopólio na publicidade digital
Juíza federal determina que Google manteve monopólio ilegal no mercado de anúncios digitais e prejudicou concorrentes. Próximos passos incluem a possibilidade de sanções antitruste, que podem envolver a venda de partes do negócio da empresa.
Juíza federal dos EUA decide que o Google “intencionalmente adquiriu e manteve” um monopólio ilegal na compra e venda de anúncios online.
A magistrada Leonie Brinkema afirmou que o Google violou o Sherman Antitrust Act ao monopolizar:
- Ferramenta para venda de espaço publicitário por sites de notícias e criadores de conteúdo;
- Bolsa de leilões online onde os anúncios são negociados.
A decisão não comprovou que o Google monopolizou uma terceira parte do mercado, que envolve a compra de anúncios por anunciantes.
Brinkema destacou que, por mais de uma década, o Google manteve uma conexão entre seu servidor de anúncios e a bolsa de anúncios, consolidando seu monopólio com políticas anticompetitivas.
Isso prejudicou tanto publicadores de conteúdo quanto consumidores, afirmou a juíza.
O próximo passo incluirá a definição de remédios antitruste, que podem envolver a venda de partes do negócio do Google.
Após a decisão, as ações da Alphabet caíram 1,5%. A vice-presidente da empresa, Lee-Anne Mulholland, declarou que irão apelar e destacou que os publicadores têm opções e escolhem o Google.
O caso foi movido pelo Departamento de Justiça (DoJ) e é a segunda condenação em oito meses contra a Big Tech.
Na condenação anterior, em agosto, o Google foi considerado culpado de consolidar seu monopólio em ferramentas de busca. O DoJ quer que a Alphabet venda seu navegador Chrome e evite acordos de exclusividade.
Contestações em ambos os casos podem se prolongar por anos.