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Gleisi Hoffmann vê exagero na reação ao aumento do IOF e quer diálogo com o Congresso

Gleisi Hoffmann defende a legalidade do decreto que aumentou o IOF e admite a disposição do governo em dialogar com o Congresso para discutir alternativas. A ministra destaca a importância de ajustes fiscais e um quadro econômico positivo para o Brasil, que pode facilitar esse processo.

Ministra Gleisi Hoffmann, da Secretaria de Relações Institucionais, considera exagerada a reação do Congresso Nacional e do mercado financeiro ao decreto que aumentou o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

Em entrevista à Folha de S.Paulo, Gleisi afirmou que a elevação do tributo é uma atribuição legal do presidente Lula, mas o governo está disposto a dialogar sobre a decisão, após a forte repercussão negativa.

O decreto, assinado em maio, provocou ameaças de revogação por parte do Congresso. Para evitar a derrubada, o governo solicitou um prazo e se reunirá no domingo (8) com líderes para discutir cortes de despesas como alternativa ao aumento do imposto.

Gleisi ressaltou que a clareza nas propostas é essencial e que o governo não revelará planos publicamente antes de conversar com o Congresso. Medidas que podem ser aplicadas já em 2025 estão na pauta.

Entre as alternativas em discussão, estão:

  • Mudanças no Fundeb
  • Revisão de benefícios fiscais
  • Aumento da tributação de sites de apostas

Gleisi defendeu o ajuste fiscal como essencial para a sustentabilidade orçamentária, destacando um quadro econômico otimista e a expectativa de redução do déficit de 2,1% do PIB em 2023 para 0,09% em 2024.

A ministra negou contradições entre cumprir o arcabouço fiscal e implementar programas sociais para aumentar a popularidade do presidente Lula. Embora haja pressão para reajustar o Bolsa Família, não existe proposta concreta, e Lula continuará a vincular o salário mínimo à inflação.

Sobre a taxa básica de juros, Gleisi espera que o Banco Central interrompa o ciclo de alta. Ela defende as decisões do atual presidente da autoridade monetária e acredita que a estabilidade econômica permitirá um controle melhor da taxa de juros.

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