Gleisi e Messias criticam revogação de vistos de ministros e interferência dos EUA
Gleisi Hoffmann classifica sanção dos EUA como uma afronta à soberania do Brasil. Ministra e advogado-geral da União manifestam apoio aos ministros afetados e defendem a atuação do Judiciário.
A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, reagiu à decisão dos Estados Unidos de revogar o visto de entrada de oito ministros do STF.
A lista inclui: Alexandre de Moraes, Luís Roberto Barroso, Dias Toffoli, Cristiano Zanin, Flavio Dino, Cármen Lúcia, Edson Fachin e Gilmar Mendes.
Para Gleisi, a medida é uma “afronta” ao Poder Judiciário brasileiro e à soberania nacional.
Ela destacou que a retaliação evidencia a “conspiração de Jair Bolsonaro” e seu filho, Eduardo Bolsonaro, contra o Brasil, afirmando que a Suprema Corte se “engrandece” ao defender a Constituição.
Gleisi concluiu ao reafirmar que “o Brasil está com a Justiça, não com os traidores”.
A revogação do visto foi anunciada pelo secretário de Estado, Marco Rubio.
O ministro-chefe da Advocacia-Geral da União, Jorge Messias, expressou apoio e solidariedade aos magistrados e ao procurador-geral: Paulo Gonet, que também teve o visto cancelado.
Messias afirmou que a deturpação de atos jurídicos não deve ser permitida e que o Poder Judiciário não deve sofrer assédio político.
Ele garantiu que “nenhum ato conspiratório” intimidará o Judiciário em sua atuação independente.
O STF não se manifestou sobre o ocorrido.