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Gleisi diz que Lula só ligará para Trump quando houver abertura: ‘Não é telemarketing’

Brasil aguarda abertura de diálogo com os EUA enquanto enfrenta sanções comerciais. Ministros ressaltam disposição para negociação, mas alertam sobre os impactos econômicos das tarifas propostas.

Gleisi Hoffmann, ministra das Relações Institucionais, declarou que Luiz Inácio Lula da Silva só tentará contato com Donald Trump se houver disposição do presidente dos EUA para dialogar. A afirmação foi feita após um evento sobre a parceria Brasil-União Europeia, em Brasília.

“Trump disse que não quer conversar agora. Não adianta o presidente Lula buscar uma conversa,” destacou. Ela ressaltou que o governo brasileiro está aberto ao diálogo, mas considera as sanções comerciais dos EUA, como a tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, agressivas e politicamente motivadas.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também se manifestou, esperanço que os EUA demonstrem abertura esta semana. Ele informou que empresários americanos apontam maior receptividade ao diálogo, mas alertou que não há garantias de avanço antes da implementação das tarifas, prevista para sexta-feira (1º).

Haddad mencionou um plano de contingência para mitigar os impactos econômicos, focando na preservação de empregos. O vice-presidente, Geraldo Alckmin, busca negociar diretamente com o secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, visando adiar a sobretaxa e excluir produtos como alimentos e aeronaves da Embraer.

Rui Costa, ministro da Casa Civil, alertou que, se as tarifas forem confirmadas, o Brasil poderá adotar medidas de reciprocidade, como a suspensão de compras de produtos americanos. Ele criticou o tom da carta enviada por Trump e informou que os canais de diálogo permanecem fechados.

As tarifas propostas têm gerado preocupação em diversos setores da economia brasileira, e o governo ainda busca uma solução negociada.

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