Gleisi diz que conversa entre Lula e Trump “não é telemarketing”
Ministra Gleisi Hoffmann destaca a necessidade de condições favoráveis para conversações entre Brasil e EUA, em meio à iminente tarifa de 50% sobre importações brasileiras. Ela afirma que o diálogo comercial é bem-vindo, mas o país não aceitará ingerências externas em suas instituições.
Gleisi Hoffmann, ministra da Secretaria Geral da Presidência, afirmou que uma possível conversa entre Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump depende de tratativas preliminares.
Ela destacou que Trump não deseja uma conversa agora, tornando desnecessário o contato por parte de Lula. Hoffmann comentou que encontros entre chefes de Estado necessitam de preparação adequada, não sendo algo imediato.
A ministra declarou que o Brasil está disposto a negociar, mas aguarda reciprocidade dos EUA para que a conversa ocorra. O prazo é até 1º de agosto, quando os EUA iniciarão tarifas de 50% sobre as importações brasileiras, afetando negócios e trabalhadores.
Hoffmann também enfatizou que o Brasil não aceitará ingerência externa em suas instituições. Em resposta às ameaças comerciais dos EUA, ela afirmou: "A soberania não se negocia."
Ela criticou as medidas de Trump como motivação política injustificável e reafirmou que o governo de Lula continuará a buscar diálogo, mas sem ceder a pressões. Também mencionou que o acordo Mercosul-União Europeia é importante não apenas economicamente, mas também politicamente.
Por fim, Gleisi criticou o deputado Eduardo Bolsonaro por tentar obstruir um acordo com os EUA, chamando-o de "traiçoeiro" e defendendo que o Congresso tome medidas contra ele.