Gleisi: derrubar MP e decreto do IOF “seria ruim para o Congresso, com as emendas”
Gleisi Hoffmann destaca a importância do diálogo com o Congresso para evitar impactos negativos no orçamento. A ministra afirma que novas reuniões estão programadas para discutir as medidas de contenção de despesas e garantir a solidariedade fiscal.
Gleisi Hoffmann, ministra das Relações Institucionais, afirmou que o governo federal busca intensificar o diálogo com o Congresso Nacional para evitar a derrubada das medidas que são alternativas ao aumento do IOF.
Um decreto do Ministério da Fazenda gerou forte reação entre os parlamentares, que planejam sustar seus efeitos.
Gleisi alertou que, se a derrubada acontecer, haverá consequências inevitáveis: novo contingenciamento de emendas parlamentares e bloqueio de contas públicas. “Bate aqui e bate lá”, afirmou a ministra.
Ela expressou a esperança de que isso não ocorra, ressaltando a responsabilidade do Congresso com o país e o arcabouço fiscal que aprovaram. “Aumentar o contingenciamento seria ruim também para o Congresso”, disse.
Em relação ao ministro Fernando Haddad, Gleisi reconheceu que o governo "acertou" nas medidas e que o decreto do IOF foi construído em diálogo com os líderes do Congresso.
Gleisi confirmou novas reuniões com lideranças do Congresso para discutir o corte de despesas, mas esclareceu que o governo não irá alterar os pisos constitucionais da saúde e educação, nem desvincular benefícios previdenciários e assistenciais do salário mínimo.
Por fim, a ministra respondeu às críticas sobre o foco na arrecadação: “Ninguém quer votar medida impopular. Sugiro que os partidos proponham alternativas,” concluiu.