Gleisi defende Motta após governo avaliar urgência como traição
Gleisi Hoffmann elogia Hugo Motta e defende diálogo entre o Congresso e o governo. A ministra destaca a responsabilidade na condução dos temas de interesse nacional, apesar das divergências recentes sobre o decreto do IOF.
A ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, defendeu o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), após atrito entre o Congresso e o governo.
O Planalto considerou traidor Motta por pautar o requerimento de urgência do PDL que derruba o decreto que aumentou o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). A votação está marcada para segunda-feira (16.jun.2025).
Gleisi comentou no X que a relação entre Motta e o governo é de responsabilidade e firmeza. Ela elogiou a previsibilidade na pauta legislativa, fruto do colégio de líderes, e destacou que temas de interesse nacional são tratados "às claras".
Motta avançou com a urgência após a publicação da MP fiscal em 4ª feira (11.jun), que descontentou parte da base aliada, alegando quebra de acordo com líderes. O decreto e a MP foram anunciados após uma reunião histórica no domingo (8.jun).
Após críticas ao texto, Motta declarou que não foi eleito para servir a projetos políticos. Apesar disso, o ministro Haddad adotou um tom conciliador, afirmando que as reações demonstram prudência. O governo atendeu a algumas demandas da Câmara, como a redução de taxas e regras de isenção para Previdência privada.
A arrecadação estimada com o novo decreto varia de R$ 6 bilhões a R$ 7 bilhões em 2025. No Senado, cresceu a resistência, especialmente em relação à tributação de LCI e LCA, que agora são taxadas em 5% no Imposto de Renda. No entanto, houve apoio a aumentos na alíquota da CSLL e à taxação de apostas esportivas.