Gilmar Mendes retira pedido e julgamento de Collor segue no plenário virtual
STF opta por julgamento virtual e mantém condenação de Collor. Prisão se dá após decisão sobre corrupção passiva e lavagem de dinheiro em contratos da BR Distribuidora.
Ministro Gilmar Mendes, do STF, retirou pedido de destaque para análise da prisão do ex-presidente Fernando Collor.
Julgamento ocorrerá no plenário virtual e será retomado na próxima segunda-feira, 28, às 11h.
Na sexta-feira, 25, já havia maioria para manter a decisão do ministro Alexandre de Moraes, que ordenou a prisão de Collor. Seis ministros acompanharam Moraes: Flávio Dino, Edson Fachin, Luís Roberto Barroso, Cármen Lúcia e Dias Toffoli.
O ministro Cristiano Zanin está impedido de votar por ter atuado como advogado na Operação Lava Jato.
A decisão de Moraes, tomada em 24 de outubro, visa o cumprimento da condenação de oito anos e dez meses por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Collor foi preso pela Polícia Federal e está detido em presídio de Maceió.
O caso remonta a 2023, quando Collor foi condenado por receber 20 milhões de reais em propinas ligadas à BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras.
Segundo a denúncia, o esquema envolvia indicações políticas que favoreceram contratos superfaturados.
Julgamento virtual é uma tentativa de acelerar processos sem embates públicos. A defesa de Collor busca anular a condenação, mas Moraes classifica tentativas de recurso como "protelatórias".
A expectativa é que a prisão de Collor seja confirmada, tornando-a definitiva.