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Gilmar Mendes diz que anistia “não faz sentido nenhum”

Gilmar Mendes critica proposta de anistia a extremistas e defende aplicação rigorosa das penas. O ministro ressalta a gravidade dos eventos de 8 de janeiro e destaca a importância do combate ao crime organizado no Rio de Janeiro.

Gilmar Mendes critica proposta de anistia a extremistas

O ministro do STF, Gilmar Mendes, declarou que a proposta de anistiar os envolvidos nos atos extremistas de 8 de Janeiro “não faz sentido”.

Ele afirmou que conceder perdão seria “consagrar a impunidade” frente a um episódio “extremamente grave”.

Em entrevista ao programa “Estúdio i” da GloboNews, Mendes disse: “Estivemos muito perto de um golpe de Estado, uma tragédia política”.

Mendes destacou que tanto o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), quanto o do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), “têm consciência” de que o projeto de lei sobre a anistia não deve ser aprovado.

A anistia foi defendida pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e foi pauta de ato em São Paulo no dia 6 de abril, que reuniu 59.900 pessoas, segundo o Poder360.

Sobre as punições aos condenados pelos atos, Gilmar Mendes reiterou que as penas foram corretamente aplicadas. Ele discordou da ideia de que os julgamentos foram conduzidos sob “violenta emoção”, como disse o ministro Luiz Fux em seu voto.

Gilmar também abordou as ações do STF no combate ao crime organizado no Rio de Janeiro. A Corte determinou a abertura de inquérito pela Polícia Federal para investigar facções criminosas atuando no estado.

Apesar das críticas sobre a falta de estrutura na Superintendência do Rio, Gilmar garantiu que haverá recursos para ampliar operações no combate ao crime. Ele disse: “Estamos falando sobre o combate à criminalidade que tem profunda conexão com o Brasil e com o tráfico de drogas”.

Gilmar Mendes, de 69 anos, é o ministro mais antigo do STF, indicado em 2002. Presidiu a Corte de 2008 a 2010.

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