Gilmar Mendes afirma que prisão de Collor não é ‘sinal’ do STF para Bolsonaro
Gilmar Mendes esclarece que prisão de Collor não estabelece paralelo com o caso de Jair Bolsonaro. O ministro destaca as especificidades de cada situação e aguarda deliberações sobre pedido de prisão domiciliar.
Ministro Gilmar Mendes, decano do Supremo Tribunal Federal (STF), negou que a prisão do ex-presidente Fernando Collor de Mello seja um precedente para processos contra Jair Bolsonaro.
Collor foi preso na madrugada de sexta-feira (25), cumprindo pena de 8 anos e 6 meses por corrupção, em um caso da Operação Lava Jato.
Gilmar enfatizou que “cada caso tem suas peculiaridades” e que não se deve tirar conclusões apressadas a partir da situação de Collor.
O ministro admitiu ter desistido do pedido de destaque no julgamento da prisão, pois a maioria dos ministros já havia se posicionado a favor da prisão. Ele considerou ainda o pedido de prisão domiciliar da defesa, que está sob análise do ministro Alexandre de Moraes.
A prisão foi ordenada por Moraes, que viu a decisão como necessária devido à falta de recursos para reverter a condenação, considerando os pedidos da defesa como “protelatórios”.
A ordem de prisão foi levada a uma sessão extraordinária, mas a votação foi interrompida quando Gilmar solicitou uma análise em sessão presencial devido à grande repercussão política.
Gilmar fez o pedido de destaque, que permite a reavaliação do caso em plenário físico. Sua estratégia foi frustrada quando outros ministros começaram a antecipar votos na sessão virtual, formando maioria para confirmar a decisão de Moraes.
Com informações do Estadão Conteúdo.