HOME FEEDBACK

Gilmar diz que recuou de levar julgamento de Collor ao plenário após STF formar maioria

Gilmar Mendes se defende após recuo no julgamento de Collor e destaca peculiaridades do caso. Ele afirma que a análise do recurso não servirá como precedente para outros réus, incluindo os envolvidos em tentativas de golpe.

Ministro Gilmar Mendes, decano do Supremo Tribunal Federal (STF), pronunciou-se nesta segunda-feira, 28, sobre o recuo no julgamento do ex-presidente Fernando Collor.

Ele havia solicitado o julgamento em plenário físico, mas retirou o pedido após colegas formarem maioria contra Collor.

Mendes justificou sua decisão por já haver votos pela manutenção da prisão de Collor e pela deliberação de um pedido de prisão domiciliar pelo ministro Alexandre de Moraes.

O julgamento foi retomado às 11h, e Mendes prometeu apresentar seu voto ainda hoje.

Collor foi condenado a oito anos e dez meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, envolvendo propinas em um esquema de superfaturamento com a UTC Engenharia.

Preso pela PF na sexta-feira, 25, Collor cumpre pena na Penitenciária Baldomero Cavalcanti de Oliveira, em Maceió, em uma ala especial.

Mendes negou que a análise do recurso estabeleceria precedentes para réus de casos como o do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Em evento, o ministro abordou temas como a parlamentarização do presidencialismo no Brasil, criticou os valores dos fundos eleitoral e partidário, e destacou a politização nas polícias.

Gilmar mencionou também a importância da humildade no STF e afirmou que a Corte contribuiu para evitar mortes na pandemia e resistir a um possível golpe.

Por fim, ressaltou sua trajetória nas discussões sobre a Lava Jato e uma conversa com o ex-ministro Paulo Guedes.

Leia mais em exame