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Gilmar diz que julgamento sobre Marco Civil da Internet pode ser esboço de regulação das redes sociais

Ministro do STF destaca a importância de reavaliar o Marco Civil da Internet em um contexto de necessidade de regulação das mídias sociais. Ele aponta que a atual interpretação da lei pode favorecer a irresponsabilidade das plataformas em relação ao discurso público.

Ministro Gilmar Mendes, do STF, anunciou que o julgamento do Marco Civil da Internet será retomado nesta quarta-feira (4). Ele participa do Seminário Franco-Brasileiro de Rádio e Televisão em Paris.

A análise no STF envolve recursos contra normas do Marco Civil, como a responsabilidade civil das plataformas digitais e a obrigação de remoção de conteúdos ofensivos sem ordem judicial.

Gilmar destacou que o debate no Brasil está em "um momento de inflexão histórica", exigindo uma revisão fundamental das premissas e marcos regulatórios.

O ministro criticou o status quo, afirmando que perpetua um "regime de irresponsabilidade" nas plataformas, que exercem poder quase soberano sobre o discurso público.

Ele enfatizou que a liberdade de expressão tem sido usada para proteger modelos de negócios, em vez de defender as posições individuais.

O Marco Civil é uma lei de 2014 que visa estabelecer direitos na internet, mas Gilmar argumentou que regular redes sociais não é uma mitigação da liberdade de expressão, mas uma necessidade devido à desagregação política no discurso online.

Segundo ele, as plataformas atuam como reguladores do discurso online e a autorregulação atual levanta questões, pois permite a veiculação de conteúdos potencialmente ilícitos.

Concluindo, o ministro afirmou que o artigo 19, embora importante no passado, agora parece ultrapassado.

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