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Gigante chinesa de mineração cripto, Bitmain acena para Trump com fábrica nos EUA

Bitmain anuncia planos para iniciar operações de mineração de criptomoedas nos EUA até o final de 2026. A empresa visa acelerar entregas e criará 250 empregos locais, aproveitando o movimento "Made in America".

Bitmain Technologies, a maior fabricante de hardware para mineração de criptomoedas, planeja abrir sua primeira unidade nos Estados Unidos nos próximos meses. Essa medida é estratégica, impulsionada pelo boom do “Made in America” em ativos digitais.

A nova sede e linha de montagem deverá ser inaugurada até o final do terceiro trimestre, com produção inicial prevista para 2026, segundo Irene Gao, diretora global de negócios da empresa.

A ação reflete a renovação da política industrial americana, priorizando a produção doméstica, incluindo a mineração de criptomoedas, agora considerada um setor estratégico.

Com a produção local, a Bitmain espera acelerar entregas e reparos para seus clientes nos EUA, mesmo com custos de mão de obra mais elevados. Gao destacou que isso é uma oportunidade única diante das condições atuais de mercado.

A Bitmain possui uma fatia significante do mercado de mineração, embora tenha enfrentado desafios devido à guerra comercial e à fiscalização elevada dos EUA. Em janeiro, a afiliada de inteligência artificial da empresa foi colocada na lista negra pelo Departamento de Comércio dos EUA.

Após a vitória de Donald Trump em novembro de 2024, a Bitmain anunciou a instalação da unidade sem especificar o local. Na primeira fase, a empresa pretende contratar 250 funcionários locais para treinamento em manufatura e manutenção.

Com a proibição da mineração na China, os EUA tornaram-se o epicentro global do setor. Mineradores americanos como Mara Holdings e Riot Platforms possuem valor de mercado significativo.

Ainda existem incertezas sobre os obstáculos que a Bitmain enfrentará ao se estabelecer nos EUA, especialmente sob a vigilância de regulamentações de segurança nacional.

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