Gestores voltam a ficar otimistas com fundos imobiliários
Gestores de fundos imobiliários revelam otimismo em pesquisa recente, destacando potencial de ganhos em setores tradicionais. Expectativa de queda na Selic impulsiona confiança e valoriza segmentos como lajes corporativas e fundos de tijolo.
Gestores de fundos imobiliários estão mais otimistas para os próximos meses, com expectativa de melhores resultados na classe como um todo.
Uma pesquisa da Empiricus Research e BTG Pactual revelou que, ao contrário do pessimismo anterior, há confiança em setores tradicionais, principalmente nos fundos de recebíveis imobiliários.
Esses fundos, conhecidos como fundos de “papel”, investem em títulos de renda fixa, sendo beneficiados pela taxa Selic atual de 15% ao ano.
A percepção positiva também se estende a lajes corporativas e residenciais para renda, que anteriormente apresentavam avaliações negativas.
Segundo o analista Caio Araujo, a melhora na confiança é influenciada pelo fim do ciclo de alta dos juros, com possíveis cortes futuros na Selic, o que pode valorizar os fundos de tijolo.
Oportunidades: há uma expectativa de valorização dos fundos de tijolo devido a uma possível queda de juros, enquanto os fundos de recebíveis continuam atrativos, pois oferecem retornos elevados.
Os gestores apontaram quatro fatores que podem impulsionar os fundos imobiliários:
- Reajuste de aluguéis
- Novas operações de crédito
- Aumento da ocupação em fundos de tijolo
- Redução de inadimplência
Riscos em destaque: endividamento elevado e a proposta de tributação de 5% para fundos imobiliários a partir de 2026 são preocupações principais.
A inadimplência é um fator de risco para os fundos de recebíveis, e a governança e a ocupação dos imóveis foram consideradas preocupações secundárias.
A pesquisa também identificou pontos fortes (qualidade e localização dos ativos, experiência da gestão) e gargalos (liquidez e segurança regulatória) da classe de fundos imobiliários.