Gestores veem boas oportunidades para aplicar na Bolsa e no exterior
Gestores de recursos projetam um cenário otimista para a Bolsa brasileira, impulsionado por cortes de juros e novas oportunidades em ativos locais. A expectativa é que a reprecificação e a redução da Selic favoreçam ganhos significativos nos próximos anos.
Gestores reavaliam estratégias na Expert XP 2025
Durante o evento, Sara Delfim, da Dahlia Capital, destacou os cortes de juros nos EUA e Brasil como oportunidades para a Bolsa brasileira.
Em meio às tensões comerciais com os EUA, o otimismo moderado foi evidente, especialmente com a valorização de ativos locais decorrente de mudanças na economia global.
A expectativa de queda da Selic cresceu, com gestores vendo potencial na Bolsa, que opera com múltiplos baixos. A XP projeta o Ibovespa a 150 mil pontos até o fim do ano.
Cesar Paiva, da Real Investor, ressaltou a importância de investir nas melhores oportunidades e empresas, não apenas nas mais líquidas.
Delfim acredita que a recente valorização foi apenas a primeira de cinco ondas de ganhos possíveis, que incluem **cortes de juros** e **o ciclo eleitoral de 2026**.
Ela enfatizou a importância de uma alocação consistente a longo prazo, mesmo em períodos de volatilidade.
No painel “Gigantes do Mercado”, Felipe Guerra (Legacy Capital) focou em setores como inteligência artificial e transição energética, enquanto João Landau (Vista Capital) buscou oportunidades em mercados em transformação, como a Argentina.
Luis Stuhlberger (Verde Asset) recomendou diversificar em moedas alternativas devido aos riscos fiscais nos EUA.
Bernardo Queima, da Gama Investimentos, destacou que muitos brasileiros não sabem como começar a investir fora do país, sugerindo um planejamento em quatro dimensões.
Gabriel Campoy (XP Investimentos) ressaltou a importância da diversificação e da liquidez no exterior para proteção patrimonial.
No painel sobre seleção global, Andrew Heiskell (Wellington Management) comentou sobre a realocação de capital para fora dos EUA, enquanto Thomas Kamei (Morgan Stanley) falou sobre o impacto da inteligência artificial na redistribuição de valor.
O potencial do private equity no Brasil também foi destacado, com gestores afirmando que mesmo em um ambiente desafiador, esses ativos permanecem promissores.