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Gerdau corta investimentos no Brasil e cobra defesa comercial

Gerdau anuncia corte de investimentos no Brasil e demissões como resposta ao aumento das importações de aço. A empresa mantém foco nos EUA, onde vê oportunidades de crescimento.

A Gerdau anunciou uma redução dos investimentos no Brasil a partir de 2026 e confirmou a demissão de 1.500 trabalhadores no país desde o início do ano.

A decisão é uma resposta à falta de ações do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para conter o avanço de importações de aço, especialmente da China.

O CEO Gustavo Werneck afirmou: “Assim que o governo federal colocar medidas de defesa comercial, imediatamente a gente pode voltar com essas usinas.”

Apesar da reavaliação no Brasil, a Gerdau continuará investindo nos EUA, onde o ambiente é mais favorável devido a políticas de incentivo à reindustrialização.

Os investimentos programados para 2025 estão mantidos em R$ 6 bilhões, com R$ 4 bilhões destinados ao Brasil, mas a estratégia para anos seguintes será reavaliada entre agosto e setembro, com a apresentação prevista para outubro.

A Gerdau mantém cerca de 30% de capacidade ociosa nos EUA, permitindo expansão da produção sem novas usinas. A produção anual é de aproximadamente 4 milhões de toneladas de aço, com potencial crescimento de até 1,5 milhão de toneladas.

No 2º trimestre de 2025, a empresa registrou um lucro líquido ajustado de R$ 864 milhões, queda de 8,6% em relação ao ano anterior. A receita líquida subiu 5,5% para R$ 17,5 bilhões, impulsionada pela América do Norte.

No Brasil, as vendas foram impactadas pela maior penetração do aço importado, que alcançou 26% do mercado no trimestre, alta de 3,9 pontos percentuais em relação ao ano anterior. A empresa reforça a necessidade de aprimorar os mecanismos de defesa comercial.

Na América do Sul, a situação é desafiadora, apesar da recuperação pontual na Argentina.

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